quarta-feira, 4 de julho de 2012

A noite dos cacos esverdeados

Nos faróis amarelados você aponta
Pros versos que eu já esqueci
E rasga no peito palavras
E acordes menores em si

As grades que nos cercam são fundo
Pro mundo que imaginamos lá fora
Um céu em que voamos sem cruz
Muito além dos fios de luz

Pra longe do ódio que somos muito jovens pra sentir
Da cegueira dessa legião zumbi
Do grito dos afogados, dos jovens enterrados
Do medo e do sangue rubi

Mesmo gritando aos mil ventos
Nada além de nós mesmos
Vai nos tirar daqui

[poesia escrita mentalmente em um parquinho numa noite de sexta-feira, automaticamente sucateada pela autocrítica. A reencontrei no caderno e pensei: por que não?]

3 comentários:

Bree S. disse...

Por que não, né?

De um lirismo agudo...

Sempre bom, sempre bom.

Ninna Abreu disse...

Sim, sim e sim!
Sempre sim para sua criação.

Unknown disse...

Eu sempre gosto muito do final de seus poemas.

Te adicionei no Facebook, joinvilleênse, como eu já devia ter feito há mais de ano.

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